PokéStops patrocinados atraem 2.7 milhões de pessoas por dia para estabelecimentos parceiros. Tudo ao custo de 0,50 centavos de dólar a visita. E no Brasil?

No artigo anterior você recebeu conhecimento suficiente sobre PokéStops Patrocinados – e, de quebra, sobre Pokémon Go em geral – para se formar com louvores no assunto. De lá, pudemos tirar duas conclusões evidentes sobre a Niantic:

Um paraíso de Pokéstops patrocinados no shopping Fisketorvet, na orla marítima de Copenhagen, Dinamarca.

Jio, gigante da telefonia na Índia com mais de 186,6 milhões de clientes, foi a primeira empresa do país a patrocinar Pokémon Go para suas mais de 3.000 lojas, já no final de 2016.

1) ela não tem interesse nos peixes pequenos. Não existe nenhum sinal que indique a intenção do estúdio em expandir os patrocínios a negócios locais, visto que o canal de parcerias retorna sempre a mesma resposta robótica, “agradecendo pelo seu contato e lamentando não haver posições abertas para o Bar do Zé”;

2) não existem planos para disponibilizar as parcerias no Brasil.

Não, você não leu errado. À beira de completar dois anos do lançamento da iniciativa e de atingir 1 bilhão de downloads, as paradas patrocinadas são um sonho (distante?) nas terras verde-e-amarelas. Perigando soar polêmico, pasme: a Índia, país com IDH 52 posições abaixo do brasileiro – ainda que com PIB duas posições mais forte que o nosso -, conta com patrocinadores locais.

E nós aqui, andando pela Paulista e achando a densidade de PokéParadas o máximo.

“O brasileiro nasceu publicitário e empreendedor”

Raides, Finais de Semana da Comunidade e outros eventos semanais ainda mobilizam milhares de Treinadores em todo o país. É possível ver grandes multidões nas regiões com maior densidade de ginásios e Paradas, especialmente quando novos Lendários são liberados. Na falta de PokéStops Patrocinados, o envolvimento orgânico é uma ótima oportunidade para empreendedores criativos.

Quer dizer que não podemos aproveitar nada desse sucesso? Errado, caro leitor. Sempre podemos usar a criatividade e comer pelas beiradas, usando os monstrinhos de bolso para alavancar os negócios – especialmente quando não há regras claras sobre o que é ou não permitido. Receios de usar o logotipo do jogo para divulgar seus serviços? Os brasões das equipes estão aí para isso. Tem um restaurante e quer se diferenciar para atrair treinadores, indicando que são bem-vindos? Uma placa com uma PokéParada desenhada, com pétalas ao redor, é o ícone perfeito para chamar a atenção dos jogadores.

inúmeras formas criativas de marketing utilizando o jogo, várias delas relatadas aqui no Blog. Abaixo você encontra algumas formas de pegar carona na onda do Surf deste Pikachu.

Pokémon Go em números
Razões para aproveitar o jogo de realidade aumentada da Niantic:
– 800M de downloads (1/3 da base de jogadores Mobile no mundo!)
– 5M jogadores ativos diariamente, 65M ao mês
– 2x mais acessos e tempo em uso que o Facebook em 2016
– 45% do tempo de uso de todos os games de Android somados de 2016
– Game mais lucrativo para Android em 05/2018 (104M USD/mês)
– 950M USD (3.5 Bi BRL) faturados em 2017
– 1.8 Bi USD (6.7 Bi BRL) desde seu lançamento
– 500M jogadores passaram pelas Paradas Patrocinadas
– Mais de 13.000 PokéStops Patrocinados pelo mundo

Multidão de treinadores se reunindo diante do Instituto de Artes de Chicago. Mesmo sem contar as PokéParadas Patrocinadas, o local conta com 14 Stops convencionais, uma das maiores densidade por m² dos EUA. Pense em nosso Cemitério da Consolação, mas dez vezes maior. Isso torna o local uma alternativa mais popular entre os moradores que muitos centros comerciais. (iStock/Getty Images)

Uma Pokébola na mão e uma ideia na cabeça

Obviamente, para que tudo isso vingue e seu negócio decole, é essencial divulgar. Invista em um bom anúncio no Facebook, segmentado para suas redondezas ou por sua área de atuação. Na dúvida, fale com a Trianons que podemos dar essa força :)  

Celebrando o Dia dos Pais raidando em família!

Sobre o autor

Eric Araki é jornalista especializado na indústria de games há 20 anos. Trabalhou nas maiores editoras e publicações do gênero no país, incluindo a EDGE, EGM, Nintendo World, EGW e Gamers. Nos últimos 11 anos, ocupou seu tempo como Head de Comunicação da Level Up, Publisher responsável por Ragnarök Online, Grand Chase, Warface e tantos outros. Mestre Pokémon desde o início da febre, foi editor da única revista especializada no assunto do Brasil, a Pokémon Club, pela Conrad Editora. Participa de Raides semanais com sua galera e fica maravilhado com essa nova geração de treinadores – vários deles mais jovens que alguns de seus Pokémon, que o acompanham desde Pokémon Yellow.