O período de Campanhas Eleitorais entrou em vigor nessa última quinta-feira (16) e, durante um mês e meio, os feeds da nossa navegação na internet e das nossas redes sociais estarão permeados de propagandas políticas.
Este ano, foi aprovada a nova lei de impulsionamento em campanhas eleitorais, e estamos testemunhando um certo caos das pessoas ainda tentando compreender os prós e os contras que essa novidade trouxe para o Marketing Político.
Quando falamos de Marketing Digital, falamos de estratégias e planejamento. Sendo assim, na maioria das vezes, estamos lidando com algo que demanda tempo e gera resultados a longo prazo. Este ano vimos que muitos candidatos não tiveram atenção às novas regras de impulsionamento e acabaram não aproveitando o período de pré campanha para criar estratégias e construir sua imagem dentro das redes.
Este era o período mais adequado para expor suas ideias, mostrar quais são suas pretensões, quais bandeiras e causas serão defendidas e apresentar suas promessas. O período da pré-campanha também era o momento perfeito para os candidatos se alinharem ao público que desejam atingir, usando do storytelling para contar sua história, posicionando suas personalidades e fixando na mente das pessoas como eles contribuirão com a sociedade.
CASE JOÃO AMOÊDO
Nas últimas semanas, foram ao ar, na televisão, os debates que deram início ao período de campanha eleitoral. Um candidato que ganhou destaque foi o João Amoêdo, que após aparecer na televisão teve mais visibilidade na internet e nas redes sociais.
Grande parte das pessoas não tinham conhecimento da sua candidatura e, por consequência, não sabia nem dos seus projetos, nem da sua história na carreira política, como, por exemplo, o fato dele fazer parte do PN (Partido Novo), fundado com sua ajuda em 2011. Por incrível que pareça, ele está caindo no gosto das pessoas e tem sido o 4° candidato com maior crescimento nas redes sociais.
Mesmo não estando presente no debate oficial televisionado pela Band, João Amoêdo teve mais engajamento nas redes sociais de que Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, chegando a atingir mais de 5 mil novos seguidores enquanto seus oponentes debatiam ao vivo.
É provável que não tenha sido elaborada uma estratégia de Marketing Digital eficiente para o candidato Amoêdo.
A verba disponibilizada pelo governo para o cargo de presidente, com a finalidade de se fazer impulsionamentos e investimentos em campanhas eleitorais na internet e nas redes sociais, foi de R$ 70 milhões e, em caso de segundo turno, R$ 35 milhões. O que dá muita liberdade (e bota liberdade nisso) para se criar estratégias muito precisas, campanhas e posicionamento nas redes, alcançando números muito maiores de pessoas e eleitores.
A IMPORTÂNCIA DE SE PREPARAR MELHOR PARA AS ELEIÇÕES DE 2020
Muitas coisas podem mudar até as próximas eleições em 2020, mas o fato é que, para se ter resultados mais precisos com o Marketing Eleitoral, é necessário que haja uma preparação prévia.
As redes sociais possuem um grande potencial para uma comunicação direta com o público eleitor, e através delas, o fortalecimento de comunidades engajadas, que tomam parte das ideias e propostas dos candidatos em questão, se torna menos complexo.
Ao se trabalhar com o potencial de cada rede social é importante ter em mente que cada formato de conteúdo irá performar melhor, dependendo do meio usado para se comunicar com o público.
Apenas impulsionar publicações, sem que exista uma estratégia que gere alto impacto nos eleitores, não trará resultados tão eficientes. Os candidatos devem criar uma conexão mais eficiente com o público e se lembrar de aproveitar o próximo período de pré-campanha.