As marcas perceberam muito cedo o poder de influência que pessoas famosas possuem sobre pessoas anônimas. A partir da Era de Ouro do Cinema Americano, esse poder tornou-se ainda maior, pois os espectadores desejavam imitar o comportamento das grandes celebridades.
Ouça a versão deste artigo em áudio
Esse comportamento continua até hoje, porém o tipo de influenciador mudou totalmente. Como cada vez mais fortalecemos a presença do digital na nossa vida, não é surpresa sermos induzidos por pessoas que acompanhamos nas nossas comunidades virtuais.
Essas pessoas são influenciadores digitais.
Os influenciadores digitais podem ser famosos em aspectos monumentais ou não. Em outros termos, temos os macro-influenciadores e micro-influenciadores.
Os macro-influenciadores digitais são aqueles que estão nos holofotes, são conhecidos pela massa e tem status de celebridade. Hoje, o termo pode ser usado para celebridades de TV ou até mesmo grandes youtubers.
Micro-influenciadores são aqueles que possuem uma base de seguidores menor, mas que continuam tendo uma boa taxa de engajamento.
A EMPATIA QUE JÁ FOI TRANSMITIDA
O Youtube tornou-se a primeira plataforma de entretenimento digital com criadores que entram na categoria de digital influencer. Até um certo ponto, as pessoas sentiam que Youtubers eram bem mais afáveis que celebridades dos meios tradicionais de comunicação.
Então, quando uma marca queria transmitir uma mensagem que tivesse um impacto forte e direto com um público, a estratégia mais óbvia era usar algum Youtuber famoso, com um bom número de seguidores. Nessa época, eles seriam considerados micro-influenciadores.
Isso também mudou. Por quê? Porque o Youtube já não é mais a única plataforma onde os criadores e influenciadores estão, e porque pessoas e conteúdos que estão na TV também estão na internet. Hoje, o digital tem, sim, muito mais poder que o analógico, mas, ao mesmo tempo, ambos estão interligados. O Youtuber tornou-se um macro-influenciador, podendo ter sua fama comparada a de um astro de novela das 8.
Por causa dessa interligação e do grande volume de formadores de opinião, o número de seguidores deixou de ser o principal fator de escolha para que uma pessoa se tornasse porta-voz de uma marca.
Quando os seguidores são muitos, a mensagem é transmitida para um grande público. Só que isso não equivale a uma mensagem entregue com bastante eficiência. O público, hoje, já sabe que, quando uma figura pública fala sobre algum produto ou serviço, nem sempre ela realmente está transmitindo uma verdade, fazendo com que a relação entre eles fique desconexa.
A VERDADE DO MICRO-INFLUENCIADOR
Com as formas de comunicação mudando a cada segundo, as marcas perceberam que a contratação de um macro-influenciador nem sempre trará os resultados esperados, além do custo ser muito alto.
Por isso, aquela marca que quer impactar pessoas e não gastar muito, opta pelo micro. Micro-influenciadores tem mais chances de ter posts comentados (ou seja, maior engajamento) e mais chances de terem uma real conexão com a marca e com o público-alvo desta.
Já não basta fazer com que influenciadores apenas falem sobre um produto. O espectador almeja a autenticidade. As marcas estão em um processo de compreensão de que não basta pegar qualquer pessoa com mais de 1 milhão de seguidores para promover uma ideia. É preciso que haja veracidade e essência no discurso do influenciador, pois os famosos millennials e a geração Z não aceitam mais propagandas e sentimentos falsos. Eles querem palavras com propriedade e respeito à suas opiniões individuais, por isso a estratégia mais simples é a de usar influenciadores digitais menores, mas com comunidades bem estruturadas e engajadas.