Abaixo segue o depoimento de Denise Duran após a palestra da Feira do Empreendedor
Denise Duran, filha de Pedro e Maria. Ele, barbeiro. Ela costureira. Mãe de Pedro. Esposa de Gilson. Amo cães e artes em geral, viajar, ler, cinema. Há 32 anos trabalho no Tribunal de Justiça.
Passei por vários setores (cartório, gabinete, Museu do Tribunal e, por último, na Secretaria da Área da Saúde do Tribunal), mas nunca me senti feliz, “em casa”. Procurei fora a motivação que o trabalho não me oferecia. Tentei Serviço Social e Desenho Industrial. Não gostei. Fiz Licenciatura em Educação Artística, na Faculdade de Belas Artes. Depois, Artes Cênicas na FAAM/FMU. Iniciei a pós-graduação em Artes Cênicas na USP, mas por motivos diversos, não terminei. Estudei vários anos na Aliança Francesa e fiz pós-graduação em tradução: francês/português. Fiz cursos de marcenaria, mosaico, pintura, encadernação. Por sete anos fiz mosaico, produzi muito, participei de bazares e feiras.
Há anos ouvi de uma pessoa que, afastada dos meus trabalhos artesanais, “minha energia estava encaixotada”. Sim. Era isso que eu sentia. Comecei a pensar em aposentadoria. Em meus devaneios, me vi trabalhando no ateliê que tenho em casa, mais próxima do meu filho de 13 anos e da minha mãe, de 86 anos. Curtir meus cães. Mas, em novembro de 2014, fui surpreendida com a morte, repentina, do meu boxer. Meu mundo caiu. E o projeto de ficar com ele, no ateliê?? Desfrutar da sua companhia e energia boa? Depois de muitas e muitas lágrimas, concluí que o tempo passa, que nem sempre nossos projetos se concretizam, que podemos perder, de uma hora para outra, aqueles que amamos….
Bem, tirei férias, viajei… indecisa, pensativa, angustiada mesmo com a possibilidade de voltar para um lugar que não me dizia mais nada, que não tinha nada mais a me oferecer. Que só extraía de mim energia, disposição e a vontade de ser eu mesma, por inteiro.
Em fevereiro de 2015, já com algumas ideias em mente, participei de um único dia da Semana do Empreendedor/Sebrae. Assisti a algumas palestras e, no final da tarde, já cansada, me inscrevi para a palestra “Facebook para negócios”, mas não consegui vaga. Várias pessoas desistiram, contrariadas. Fiquei na fila, meio chateada… qual não foi minha surpresa, quando colocaram alguns lugares extras e fui a última a entrar na sala.
Desde o início, amei o jeito descontraído do Juliano Kimura. Me diverti muito com ele e seu incômodo headset! Com leveza e propriedade, apresentou o Facebook não como mera e tão popular rede social. Mas como útil, avançada e abrangente ferramenta de apoio aos empreendedores. Como oferecer o seu produto e/ou serviço para o público certo, interessado e em sintonia com a sua proposta, desde que usando os filtros e mecanismos apropriados.
Já no final na palestra, ouvi que “Insanidade é você fazer sempre a mesma coisa e esperar um resultado diferente” Einstein. A ficha caiu! Se eu tinha dúvidas sobre me aposentar (com grande perda salarial) ou não, ali decidi. Ainda dá tempo de virar a mesa, jogar tudo para o alto e começar de novo, aos 52 anos. Preciso e quero empreender.
Exercer minha criatividade, trabalhar com cores, sujar as mãos com tintas, cortar tecidos, transformar, reciclar, enfim, SER FELIZ!!
Obrigada, Juliano Kimura. Você foi o estímulo que faltava para que eu criasse coragem e não deixasse a vida passar (ainda mais) em branco!!